Poligamia: o que é e como funciona

Esse formato está presente em algumas culturas e religiões, despertando curiosidade e várias dúvidas para quem não tem conhecimento sobre o tema. A prática ainda costuma ser confundida com outros formatos de relacionamentos atuais, o que pode gerar mal-entendidos e até mesmo reforçar preconceitos.

Por isso, decidimos esclarecer o que é, sua origem, o impacto para as mulheres, e a diferença entre poligamia e poliamor. Quer saber mais? Continue a leitura!

Diferença entre poligamia e poliamor

Normalmente, a poligamia é confundida com o poliamor, mas é importante saber que são formatos de relacionamento distintos. Apesar dos dois envolverem vários parceiros, o poliamor é algo recente, que surgiu lá nos anos 90. Ele não tem laços culturais ou religiosos, mas sim uma escolha pessoal e estilo de vida.

No poliamor, a ideia é que você possa amar e se relacionar com várias pessoas ao mesmo tempo, desde que todos concordem e se sintam respeitados. Nesse formato, o objetivo não é satisfazer os desejos apenas do homem, mas sim construir relações saudáveis, em que cada um se sinta valorizado e feliz.

Dois homens e uma mulher, apoiada no colo de um deles, felizes sorrindo
O objetivo do poliamor é construir relações em que todos se sintam valorizados

Afinal, o que é a poligamia?

Na poligamia, uma pessoa pode ter vários parceiros ou parceiras ao mesmo tempo, com ou sem casamento formal. O tipo mais comum é a poliginia, em que um homem tem várias esposas. Já a poliandria, quando uma mulher tem vários maridos, é bem mais rara.

Essa prática existe desde o começo da humanidade, sendo que em algumas sociedades antigas, era vista como um sinal de riqueza e poder, enquanto em outras, era uma estratégia de sobrevivência em tempos difíceis.

É permitido poligamia no Brasil?

A poligamia é vista de vários jeitos, dependendo da cultura e religião. Em alguns países, como em certas comunidades muçulmanas e africanas, ter várias esposas é permitido por lei e aceito pela sociedade, sendo parte dos seus costumes. Já em outros países, a prática é considerada um crime.

No Brasil, a poligamia não é reconhecida como uma forma válida de união familiar e ainda é classificada como crime de bigamia. Isso significa que uma pessoa casada que se casa novamente, sem ter se divorciado ou anulado o casamento anterior, pode ser punida.

Relação da poligamia com o machismo

Infelizmente, a poligamia não costuma ser uma escolha livre para todos. Em crenças onde o patriarcado predomina, tanto no passado quanto no presente, o casamento pode ser preparado e a mulher só fica sabendo pouco tempo antes de oficializar a união. 

Mesmo sem o consentimento, a mulher aceita sem questionar, por vários motivos, como pressão da sociedade para se casar, dependência financeira ou medo de ser julgada se pedir o divórcio. Tudo isso abre espaço para coerção e abuso de poder.

Outro ponto que reforça a relação de poder entre os sexos, é que enquanto os homens podem ter várias esposas, as mulheres podem ser severamente punidas em caso de poligamia. Elas são submetidas a essa situação, por outro lado, os homens são livres para fazerem suas próprias escolhas.

Todo relacionamento poligâmico é negativo para as mulheres?

Apesar de que a poligamia carrega um histórico de desigualdade de gênero, é importante lembrar que nem todos os relacionamentos poligâmicos são iguais. 

Se o consentimento e a comunicação estiverem presentes, a poligamia pode ser libertadora para quem não se encaixa no modelo tradicional. Da mesma forma que se esses valores não existirem na monogamia, no poliamor ou em outro formato, o relacionamento não será positivo.

Duas mulheres e um homem no meio de costas, os três estão se abraçando
Se o consentimento e a comunicação estiverem presentes, a poligamia pode ser uma experiência muito positiva

E aí, o que você acha sobre a poligamia?

No fim das contas, o que mais importa é se sentir bem e ser respeitada nos relacionamentos, seja qual for o tipo de relacionamento. Afinal, toda forma de amor é válida e todos têm o direito de escolher como e com quem desejam se relacionar, não é mesmo?

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