Dispareunia: principais causas da dor durante o sexo

Infelizmente, muitas delas convivem com esse incômodo por tanto tempo que começam a achar que é normal. Mas a verdade é: sentir dor durante o sexo trata-se de uma condição chamada dispareunia.

Hoje vamos falar sobre as causas, como identificar a origem do problema e quais caminhos existem para retomar uma vida sexual prazerosa. Continue a leitura para saber mais!

O que é dispareunia e como ela se apresenta

Dispareunia é o termo médico usado para descrever a dor genital associada ao ato sexual, que pode acontecer antes, durante ou após o sexo. Ela costuma se manifestar como:

  • Ardência leve ou dor aguda e incapacitante;
  • Sensação de bloqueio na penetração;
  • Desconforto em determinadas posições ou situações;
  • Dor localizada na entrada da vagina, na parte interna ou irradiando para pelve, quadril e região lombar.

O impacto vai além do físico: pode afetar a autoestima, a intimidade e até gerar medo ou rejeição ao contato sexual.

O que pode causar dor durante o sexo

A dispareunia costuma ser multifatorial, e normalmente, as causas são físicas e emocionais.

Causas físicas mais comuns

  • Infecções vaginais, como candidíase e vaginose bacteriana, que causam ardência e inflamação;
  • Secura vaginal, comum na menopausa, pós-parto, uso de anticoncepcionais ou em períodos de estresse;
  • Vaginismo, que é a contração involuntária dos músculos da vagina, dificultando a penetração;
  • Endometriose, condição inflamatória que pode causar dor profunda durante a relação;
  • Cistos ovarianos ou miomas uterinos, que pressionam estruturas internas;
  • Pós-operatórios, como após parto, cesárea ou cirurgias ginecológicas;
  • Alterações anatômicas, como hímen complacente, aderências vaginais ou retroversão uterina;
  • Uso inadequado de sex toys, lubrificantes ou preservativos com componentes irritantes;
  • Lesões na vulva ou na mucosa vaginal.

Fatores emocionais e psicológicos

O corpo responde ao que a mente sente, por isso quando há tensão, medo ou insegurança, a dor pode surgir. Entre os fatores mais comuns estão:

  • Ansiedade e estresse crônicos, que dificultam o relaxamento muscular;
  • Falta de excitação ou preliminares inadequadas, que afetam a lubrificação;
  • Histórico de abuso sexual ou trauma, que pode gerar bloqueios físicos e emocionais;
  • Problemas de relacionamento, como falta de diálogo, pressão ou ausência de intimidade;
  • Educação sexual repressora, que associa sexo a culpa ou pecado;
  • Depressão ou transtornos de imagem corporal, que afetam a autoestima e o desejo.

Como identificar a origem do problema

O primeiro passo para entender o que está causando a dor é reconhecer que ela existe — e que não precisa ser normalizada.

A partir daí, o ideal é buscar um ginecologista, que poderá avaliar a parte física com exames e, se necessário, encaminhar para outros especialistas. Em muitos casos, o diagnóstico envolve um trabalho em conjunto com:

  • Fisioterapeutas pélvicos, que ajudam no controle muscular e alívio de tensões na região íntima;
  • Psicólogas especializadas em sexualidade ou terapia cognitivo-comportamental, que ajudam a lidar com traumas, ansiedade e autoestima;
  • Sexólogas, que auxiliam no resgate do prazer e na construção de uma vivência sexual mais positiva.

Durante a consulta, é importante falar abertamente sobre seus sintomas, o momento em que a dor aparece, sua intensidade e como isso tem impactado sua vida.

Mulher deitada na cama de lingerie segurando o lençol
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Formas de tratar a dispareunia e resgatar o prazer

O tratamento da dispareunia varia conforme a causa. Às vezes, basta um ajuste na rotina. Em outros casos, é preciso uma abordagem mais ampla. Confira algumas alternativas:

1. Lubrificantes vaginais

Em casos de secura vaginal, o uso de lubrificantes à base de água ou silicone pode fazer toda a diferença. Eles ajudam a reduzir o atrito, aumentam o conforto e melhoram a experiência sexual.

2. Terapias hormonais ou medicamentos

Para mulheres na menopausa, por exemplo, a reposição hormonal local (com cremes ou óvulos vaginais) pode restaurar a lubrificação natural e a elasticidade da mucosa.

Outros medicamentos podem ser indicados para tratar infecções, dor crônica ou condições específicas como endometriose.

3. Fisioterapia pélvica

A fisioterapia atua diretamente na musculatura vaginal, com exercícios que ajudam no relaxamento, fortalecimento ou coordenação dos músculos do assoalho pélvico. É indicada especialmente para vaginismo, dor crônica e pós-parto.

4. Terapia sexual e psicológica

Quando há envolvimento emocional, traumas ou bloqueios inconscientes, a psicoterapia é um recurso fundamental. Trabalhar a relação com o corpo, com o prazer e com o parceiro pode mudar completamente a vivência sexual.

5. Educação sexual e autoconhecimento

Aprender sobre o próprio corpo, testar novos estímulos, explorar os limites e descobrir o que traz conforto pode ajudar muito. A masturbação, por exemplo, pode ser um caminho para reconexão com o prazer.

6. Adaptação do momento sexual

Sexo não precisa seguir um roteiro. Diminuir o ritmo, investir em mais preliminares, explorar novas posições ou até trocar a penetração por outras formas de prazer pode aliviar a tensão e transformar a experiência.

Tiramos suas dúvidas sobre a dispareunia?

Sentir dor durante o sexo não é normal, mas felizmente existe tratamento. Procure uma profissional de saúde e lembre-se: você merece sentir prazer e viver sua sexualidade com bem-estar

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