Girl power: 7 mulheres negras inspiradoras para acompanhar

O mês da Consciência Negra, como o nome diz, tenta conscientizar a sociedade sobre a luta antirracista. Durante esse período, especialmente no dia 20 de novembro, é comum vermos textos, posts e reportagens sobre personalidades negras que lutaram pela igualdade racial. 

Nelson Mandela, Martin Luther King Jr., Malcolm X e outros são sempre citados. Mas e as mulheres que lutaram – e ainda lutam – pela igualdade racial e para conquistar espaços que antes eram majoritariamente brancos? 

Pensando nisso, selecionamos a dedo algumas mulheres negras icônicas que nos mostram como a diversidade pode contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária. Vamos lá?

7 personalidades negras para conhecer e se inspirar

Para celebrar o mês da Consciência Negra e lembrar a importância dessa data, escolhemos 7 mulheres negras que são verdadeiras inspirações para qualquer pessoa. 

1. Djamila Ribeiro

Djamila Ribeiro, uma mulher negra de cabelos cacheados pretos, está sentada em uma poltrona preta vestindo terno lilás e blusa laranja. Ela segura um livro ao lado de um móvel com outros livros apoiados.
“Não me interessa guardar para mim a reflexão se acredito na potência da transformação das mentalidades.” (Foto: Reprodução/Instagram/Djamila Ribeiro)

Filósofa e escritora de apenas 41 anos, Djamila apresenta muita bagagem e reconhecimento no meio acadêmico. Como ativista, também tem extrema importância para a luta feminista negra e antirracista.

A caminhada de Djamila frente a essas lutas se intensificou quando começou a trabalhar em uma ONG de defesa aos direitos das mulheres e da população negra, aos 18 anos. De lá para cá, ela se dedicou, entre outras coisas, à vida acadêmica e recebeu uma série de prêmios.

Com o intuito de apontar as injustiças e violências sofridas pela população negra no Brasil e no mundo, Djamila escreveu alguns livros que abordam essas temáticas. “Lugar de Fala”, por exemplo, foi publicado em 2017, a obra “Quem tem medo do Feminismo Negro?” em 2018 e em 2019 ela lançou o “Pequeno manual Antirracista”.

2. Simone Biles

Simone Biles vestindo camiseta branca e legging vermelha, se alonga em um espacate com uma das pernas elevada e as mãos no chão.
“Não somos apenas atletas. Somos pessoas.” (Foto: Reprodução/Instagram/Simone Biles)

Você já deve conhecê-lá, né? O nome de Simone Biles foi muito falado nas últimas olimpíadas. E não é à toa: a ginasta nascida em 1997 é realmente um fenômeno! 

Em 2016, ela garantiu cinco pódios e se consagrou como uma das maiores medalhistas da história. Em 2021, na edição de Tóquio, Simone também recebeu muito destaque pelo show que deu ao colocar sua saúde mental em primeiro lugar. 

Ela desistiu de competir na final feminina por equipes porque decidiu priorizar seu bem-estar mental e emocional em vez de sua performance atlética. Esse ato inesperado gerou uma série de reações e dividiu opiniões. 

No fim das contas, a decisão de Simone colocou a pauta da saúde mental em foco. Sem dúvidas, a atitude dela inspirou muitas pessoas — principalmente mulheres negras que sentem uma pressão enorme sobre suas forças e vulnerabilidades.

3. Luanda Vieira

Luanda em foco usando tranças, com uma camiseta branca em detalhes vermelhos e acessórios pratas escritos e logados com “Gucci”.
“Diversidade, equidade e inclusão é também levar perfis variados a Paris.” (Foto: Reprodução/Instagram/Luanda Vieira)

Se você é antenada no mundo da moda, provavelmente já ouviu falar em Luanda Vieira, né? A jornalista e influenciadora já foi editora de Moda da revista Glamour e também editora de Beleza e Wellness da Vogue. Além disso, Luanda também já integrou o Comitê Global de Diversidade e Inclusão da Condé Nast. 

Hoje, ela trabalha como consultora e produtora de conteúdo digital de moda, beleza e diversidade. Luanda faz ações incríveis com muito conhecimento, humor inteligente e muito estilo.

Apesar das muitas funções, ela não deixa de lado as temáticas do feminismo, da luta antirracista e também das demandas da comunidade LGBTQIA+. Vale a pena seguir para acompanhar tudo isso e muitas dicas de moda, beleza e estilo de vida!

4. Rafaela Silva

Rafaela Silva com uniforme olímpico mostra sorriso segurando uma medalha de ouro.
“Mantenho sempre meu pé no chão com humildade.” (Foto: Reprodução/COB/Rafaela Silva)

Um fenômeno do esporte, Rafaela Silva realizou o feito de ser a primeira brasileira a vencer um campeonato mundial de Judô. Ela também levou medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio em 2016. Poderosíssima, não é mesmo?

Ela é um verdadeiro exemplo de resiliência. Em 2019, Rafaela foi notificada por doping, por usar um medicamento para tratamentos pulmonares. A punição durou dois anos e, nesse período, a atleta enfrentou momentos difíceis e até mesmo uma depressão.

Hoje, Rafaela virou essa página e foi contratada pelo Flamengo. No momento, seu maior objetivo é disputar e se destacar nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024. Temos certeza que ela irá brilhar!

5. Elza Soares

Em um fundo preto, Elza usa roupa com detalhes em tule, flores e pedras em branco, e nos cabelos um adereço com brilhantes e penas de pavão.
“Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim.” (Foto: Reprodução/Instagram/Elza Soares)

Não tem como falar de personalidades negras sem falar em Elza Soares, não é mesmo? A cantora e compositora de 91 anos coleciona histórias marcantes e fortes em sua trajetória, como o casamento quando tinha apenas 12 anos.

Anos mais tarde, já com outro parceiro, Elza foi vítima da violência doméstica e passou a compor canções que relatam essas experiências traumáticas. A canção “Maria da Vila Matilde”, por exemplo, nasceu desse contexto e pode ser considerada uma de suas obras de maior popularidade.

Em 2000, Elza recebeu o título de “A Melhor Cantora do Universo” pela emissora BBC de Londres. Hoje, com mais de 90 anos, Elza continua fazendo shows e encantando todos com sua voz rouca e potente.

6. Jaqueline Goes

Jaqueline vestida em seu jaleco, colar de pérolas e brincos, segura uma boneca Barbie inspirada e vestida como ela.
“Inclusão começa com cada um de nós, e juntos reverberam o todo.” (Foto: Reprodução/Instagram/Jaqueline Goes)

Biomédica, doutora em patologia humana e uma pesquisadora exemplar. Essa é Jaqueline Goes, coordenadora da equipe responsável por sequenciar o genoma do vírus que causa a COVID-19 apenas dois dias após a confirmação do primeiro caso no Brasil. Até então, esse processo demorava cerca de quinze dias.

Jaqueline integra grupos de pesquisas importantíssimas para o desenvolvimento da ciência no Brasil e no mundo. Sem sombra de dúvidas, ela é um dos nomes mais importantes quando o assunto é descoberta acerca do Coronavírus.

A representatividade de Jaqueline é essencial para crianças e jovens que nunca se imaginaram em um ambiente acadêmico, com todo esse reconhecimento e importância. Ah, e ela virou até Barbie, sabia? Uma verdadeira inspiração!

7. Chimamanda Ngozi Adichie

Chimamanda posa com as mãos na cintura e sorriso, usando uma blusa laranja e saia longa preta de tule com alguns detalhes coloridos.
“Histórias podem ser usadas para capacitar e humanizar” (Foto: Reprodução/Instagram/Chimamanda Ngozi Adichie)

Para quem quer ter mais contato com as teorias feministas, a autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie é um ótimo nome para considerar na hora de estudar. 

Uma de suas obras mais conhecidas e importantes é o livro “Sejamos Todos Feministas”, um convite aos jovens para refletir sobre o feminismo.

Seus livros são, sem dúvidas, pontos altos de sua carreira. Mas não é só isso: ela também é bastante conhecida por seus TED Talks que viralizaram mundo afora. “O Perigo de uma Única História”, que alerta sobre estereótipos e seus perigos, já foi visto milhões de vezes e passa um recado super importante.

A nossa dica é mergulhar nos livros de Chimamanda, que são essenciais para entender questões raciais e de gênero, mas que, ao mesmo tempo, são fáceis de entender e provocam diversas reflexões.

Feminismo negro: por que ele é tão importante?

Ser mulher é enfrentar todos os dias os preconceitos de gênero. Então, o feminismo é fundamental para lutar por uma sociedade mais igualitária, onde as mulheres não sofrem violências e discriminações pelo simples fato de serem mulheres.

E ser uma mulher negra é enfrentar diariamente os preconceitos de gênero e também os preconceitos raciais. Ou seja, existe mais uma camada de discriminação que não pode ser ignorada e negligenciada. 

Mesmo assim, muitas vezes as outras vertentes do feminismo podem fingir não ver todas as lutas que o feminismo negro enfrenta.

No Brasil, o feminismo negro nasceu no final da década de 70 ao buscar por um espaço que não encontrava no movimento negro, por ter características sexistas. 

Além disso, essas mulheres procuravam algo que não encontravam no movimento feminista, já que esse era pautado em decisões racistas feitas por mulheres brancas.

O feminismo negro é um importante movimento social para atender as mulheres pretas que sofrem, dentre outras violências, a discriminação de gênero e de raça. Então, lembre-se que para lutas específicas, precisam existir movimentos específicos!

E aí, gostou de conhecer um pouco mais sobre o feminismo negro e a história dessas mulheres tão incríveis? Compartilhe esse conteúdo com os amigos e familiares para aumentar essa rede de pessoas conscientes bem informadas.

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