Comunicação Não Violenta: 7 dicas para relações mais saudáveis

Mas para resolver esses conflitos, existe a Comunicação Não Violenta, ou CNV. Criada pelo psicólogo Marshall Rosenberg, essa abordagem propõe uma maneira mais empática e consciente de se expressar. Quer saber mais? Continue a leitura e descubra como aplicá-la em seus relacionamentos.

O que é Comunicação Não Violenta?

A CNV é uma proposta de comunicação que busca criar conexões mais verdadeiras e respeitosas entre as pessoas. Em vez de entrar em modo de ataque ou defesa, ela propõe empatia e escuta. Conheça os 4 pilares da Comunicação Não Violenta:

  1. Observação: descrever a situação de forma neutra, sem julgamentos ou generalizações.
  2. Sentimento: reconhecer e expressar o que está sendo sentido.
  3. Necessidade: identificar a necessidade por trás daquele sentimento.
  4. Pedido: fazer um pedido claro e concreto, em vez de exigir ou acusar.

A empatia como ponto de partida na conversa

Antes de falar, é preciso ouvir de verdade. A empatia é a base da Comunicação Não Violenta. Não se trata de concordar com o outro, mas de tentar entender o que ele sente e precisa naquele momento. Mas como fazer isso na prática? Dá uma olhada nessas dicas:

Dica 1: observar sem julgar

Ao iniciar uma conversa difícil, é comum já começar apontando erros ou julgando o outro. A CNV propõe outro caminho: comece apenas observando o fato, sem misturar com opinião.

Em vez de: “Você nunca presta atenção em mim.”

Tente: “Ontem, enquanto eu falava, você ficou no celular.”

O primeiro exemplo acusa. O segundo apenas descreve o que aconteceu. A diferença de efeito é enorme.

Dica 2: nomear sentimentos com clareza

Muita gente aprendeu a engolir o que sente — ou a jogar tudo no colo do outro. Nenhum dos dois funciona. A CNV convida a reconhecer e expressar os sentimentos com mais clareza.

Em vez de: “Estou mal.”

Tente: “Estou me sentindo frustrada, porque esperava algo diferente.”

Dar nome ao que se sente ajuda a elaborar a emoção e facilita o diálogo.

Dica 3: identificar suas necessidades

Todo sentimento é um sinal de que alguma necessidade foi ou não foi atendida. Se bateu tristeza, talvez exista uma necessidade de conexão. Se a raiva apareceu, pode ser por falta de reconhecimento.

A CNV ensina a olhar para dentro antes de apontar para fora. Perguntar: o que eu realmente preciso agora? Qual necessidade minha está por trás disso?

Essa consciência muda o foco da culpa para o cuidado, consigo e com o outro.

Dica 4: fazer pedidos ao invés de exigências

A forma como se pede algo muda tudo. Pedir com clareza, e não como cobrança, aumenta as chances de ser atendida.

Em vez de: “Você tem que me ouvir mais.”

Tente: “Você consegue guardar o celular e conversar comigo por alguns minutos agora?”

Pedidos específicos, positivos e realizáveis são mais eficazes do que exigências vagas ou acusatórias.

Dica 5: criar um espaço de escuta no relacionamento

Às vezes, o problema não está no que foi dito, mas no fato de que ninguém está realmente ouvindo.

Criar momentos de escuta no relacionamento é uma prática poderosa. Pode ser um combinado de conversar sem interrupções, fazer pausas conscientes quando a conversa esquenta ou até reservar um tempo para se ouvir com calma depois de um dia agitado.

Quando há espaço para escutar, o vínculo cresce.

Dica 6: reconhecer e acolher o que o outro sente

Validar os sentimentos do outro não significa concordar com tudo. Significa reconhecer que aquilo é real para ele.

Frases acolhedoras:

  • “Imagino que isso tenha sido difícil para você.”
  • “Entendo que você se sentiu assim.”
  • “Faz sentido o que você está dizendo.”

Esse tipo de resposta acalma, aproxima e mostra respeito.

Dica 7: praticar no dia a dia com paciência

A Comunicação Não Violenta não é uma técnica mágica, é um exercício contínuo. Nem sempre vocês vão conseguir, e tudo bem.

O importante é: praticar com paciência, começar aos poucos, se observar mais, reparar no tom e refletir antes de responder.

Cada tentativa de se comunicar com mais empatia e menos julgamento é uma semente de mudança.

Que tal começar a praticar a CNV no seu dia a dia?

A Comunicação Não Violenta é mais do que uma forma de se comunicar, é um convite para ouvir com mais atenção e se expressar com mais sinceridade.

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